Presidente do Hospital SOS CÁRDIO, proprietário da Holding GBGA e investidor da DOM.
Como você percebe o mercado de produtos e serviços direcionados ao público idoso no Brasil?
O envelhecimento da população já é um processo pelo qual estamos passando e que vai se ampliar a cada ano. As pessoas estão vivendo mais, em função dos avanços que tivemos na saúde básica, transporte, qualidade da água e tecnologia.
Nos Estados Unidos e na Europa, os idosos já são vistos como um público consumidor. Com programas de incentivo à poupança, fundos de pensão privados e previdência social, o idoso mantém seu poder de compra depois de se aposentar. Ao mesmo tempo, suas despesas são menores, porque não precisa mais ir trabalhar, já adquiriu bens, criou sua família etc. Isso abre um leque de produtos a serem oferecidos, em saúde, segurança, conforto e tudo o que proporciona boas experiências, como viagens e clubes.
No Brasil, seguimos essa mesma tendência e já temos muitas demandas desse novo mercado. Uma das mais importantes, na minha percepção, é a questão da atenção, cuidado e segurança a quem precisa de vida assistida e, sobretudo, para idosos que buscam uma vida independente, mas que, por questão de segurança, precisam de assistência.
Como você descreveria a mudança de cultura familiar no cuidado com o idoso?
Antigamente, fazia parte da cultura familiar os filhos assumirem a responsabilidade de cuidar dos pais idosos, especialmente a filha mais nova. Hoje, estamos vivendo um momento diferente. As mulheres são atuantes no mercado de trabalho e todos da família precisam dar atenção às suas atividades pessoais. Por mais amor e respeito que se tenha por seu ente querido, cuidar de uma pessoa idosa pode ser um peso físico, mental e financeiro. Inclusive, o próprio idoso não quer dar trabalho. Então, ele deixa de pedir a ajuda que necessita e isso faz com que ele corra mais riscos.
Eu sempre digo que o verdadeiro conforto é a segurança e, para ter segurança, é necessário contar com profissionais competentes que entendam, antecipem e interpretem tudo o que está acontecendo. Só assim é possível ter uma estrutura de amparo para que o idoso viva cada vez mais e melhor o seu cotidiano.
Quando conheci o projeto da DOM Senior Living eu já percebia a necessidade de um empreendimento assim. Vivi muitos anos na Suíça, país que tem uma proporção elevada de idosos. Lá é comum ter pais ou avós que moram em instituições de longa permanência.
Muitas pessoas que eu conheci tinham seus familiares nessas residências e os visitavam praticamente toda semana, inclusive com as crianças. As estruturas onde eles estavam criaram espaços muito agradáveis, com grandes jardins e cafeterias que tornaram o local receptivo, acolhedor e, ao mesmo tempo, deu a liberdade para a família de ir e vir.
Quais fatores foram decisivos para investir na DOM Senior Living?
Nossa decisão de investir na DOM, primeiro foi baseada na admiração pelas idealizadoras, Paula Lunardelli e Renata Stringhini, que têm vivência e conhecimento técnico na área. Desde o início, tivemos a visão de este que é um projeto vencedor, muito bem estruturado e aberto para agregarmos com nossas competências.
Há anos investimos na saúde, sobretudo de pessoas idosas, e, na construção deste empreendimento, contribuo com a minha experiência de mais de 20 anos atuando na administração de hospitais na Suíça e no Brasil.
Outro ponto decisivo para investirmos na DOM Senior Living foi o potencial do mercado, que atualmente tem uma demanda reprimida. Ainda estamos na fase de construção do empreendimento e já temos muitas famílias interessadas no quadro de segurança e conforto que vamos oferecer.
O empreendimento está muito bem estruturado e com foco em valores como o atendimento humanizado e o profissionalismo. Eu vejo na DOM Senior Living algo muito semelhante às melhores instituições que conheci na Suíça.
Construir a DOM na Grande Florianópolis foi uma escolha estratégica?
Há 20 anos, Florianópolis já era conhecida e premiada como a melhor capital do Brasil para se viver, com qualidade de vida para aposentados. Nessa época, nós não tínhamos hospitais de referência para atendimentos de alta complexidade, nem residenciais para acolher essa população que já morava aqui.
Felizmente, evoluímos muito nesse sentido. Hoje temos hospitais que são referências nacionais em suas competências. Temos mais residenciais para idosos e, ainda assim, falta uma estrutura de dimensão de alto padrão. Vamos atender essa demanda latente.
A Grande Florianópolis foi escolhida para dar o start nesse empreendimento. Primeiramente, porque é o lugar onde escolhemos viver – já morei em diversos lugares do mundo e sigo apaixonado pela minha cidade natal. A região também é ideal por toda a sua riqueza em natureza, segurança, comércio e entretenimento. Além disso, está perto de diversas cidades turísticas, possui um aeroporto internacional e tem instituições de saúde à disposição, que oferecem todo o amparo que o público idoso necessita.
Em relação ao custo, o senior living é um bom negócio para as famílias?
Quando a família calcula os custos de cuidar de um idoso, percebe que um senior living vale mais a pena.
Para cuidar de um idoso em casa e dar assistência 24 horas por dia, sete dias por semana, são necessários quatro cuidadores. Também há custos com preparo da alimentação, limpeza da casa, condomínio e aluguel. Sem contar as atividades físicas e sociais. A soma de tudo isso resulta em um preço considerável a ser pago! A DOM Senior Living se apresenta como uma solução para gerir essa questão financeira de forma mais estratégica e inteligente.
Como esse empreendimento se encaixa no mercado?
Assim como em qualquer mercado, é preciso que se tenha ofertas de diversos níveis de qualidade de serviços, com preços variados. Vamos oferecer uma solução compatível para quem busca alto padrão em residenciais sênior. Penso que isso tira a sobrecarga dos residenciais atuais e beneficia, inclusive, as estruturas filantrópicas, que passam a ter uma utilização mais justa, para atender àqueles que necessitam.
Vejo na DOM Senior Living a competência necessária para criar um negócio perene, que vai se desenvolver e crescer. O resultado que buscamos é acessibilidade econômica aliada a uma boa experiência para os residentes – para que eles se sintam livres, amparados e em segurança.
Thaiz Didoné é Jornalista, Especialista em Comunicação Empresarial. Criadora de conteúdo da DOM. Atua há 12 anos com Marketing e Comunicação.
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